Zona Oeste ganha mapeamento digital

 

A Zona Oeste passou a contar com uma importante ferramenta para auxiliar o planejamento urbano. Desenvolvido com apoio da Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), o Sistema de  Informação Geográfica (SIG) ajuda a evitar o crescimento desordenado da região. O projeto permite que seja feito um mapeamento digital da área, que se encontra em plena expansão comercial e populacional.

 

Bairros como Campo Grande, Guaratiba e Santa Cruz vêm crescendo muito em função dos grandes eventos  esportivos, além de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da expansão das atividades do Porto de Sepetiba. Esses bairros, no entanto, não contavam com dados cartográficos específicos e atualizados, necessários para um planejamento que impeça problemas decorrentes da expansão.

 

– Diante dos empreendimentos já em desenvolvimento e outros em fase de instalação, era necessário um mapeamento mais detalhado da região para planejar a expansão urbana e avaliar aspectos da infraestrutura local – disse o coordenador do projeto, o engenheiro cartográfico Gilberto Pessanha Ribeiro, pesquisador da UFF (UniversidadeFederal Fluminense) e da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

 

O mapeamento é feito por meio de imagens de satélites de alta resolução e fotografias aéreas. Com o sistema, é  possível produzir diversos tipos de mapas, que identifiquem as áreas de preservação ambiental ou aquelas degradadas ilegalmente; que mostrem diferentes fluxos industriais; ou ainda detectem processos urbanos, como geração de empregos e assentamentos habitacionais.

 

– Esses dados podem ser consultados por uma empresa para orientar investimentos em uma nova filial, ou ajudar a prefeitura a decidir o local para a eventual construção de um hospital – explicou Gilberto.

 

Material é usado na atração de empresas

 

O SIG associa dados socioeconômicos da Zona Oeste do Rio, disponibilizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e pelo Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), com imagens em alta resolução da região. Os mapas podem ser acessados no site https://globalgeosig.com.br/tizo/ e já estão sendo empregados pelo IPP, pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas) e pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

 

Os dois últimos têm utilizado o material para direcionar empresas a se instalarem na Zona Oeste, como um laboratório de diagnóstico e uma rede de hotéis.

 

FONTE: https://www.rj.gov.br/web/imprensa/exibeconteudo?article-id=1397235