O Museu vai à Praia: divulgação e pesquisa
Um cenário diferente e intrigante tomou conta das praias de Niterói (RJ) nos fins de semana de março. Uma tenda com mais de 40 experimentos e atividades didáticas em diversas áreas do conhecimento despertou a curiosidade de aproximadamente 7 mil banhistas que buscavam um fim de semana de sol, praia e diversão. Esse é o projeto Museu Vai à Praia.
Com o objetivo de levar ciência e tecnologia ao grande público, o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast/MCTI), em parceria com quatro museus científicos, realizou esse projeto nas praias de Icaraí, Piratininga e Itaipu.
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As instituições parceiras deste ano foram: Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Espaço Ciência Interativa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ), Espaço Ciência Viva, Espaço UFF de Ciências e a Casa da Descoberta, ambos da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Nos fins de semana de março, os banhistas puderam observar o sol através de filtros especiais acoplados no telescópio solar PST e entender como a incidência solar determina as estações do ano nos trópicos e nas demais áreas do globo terrestre. Participaram da tradicional oficina Brincando com a Ciência, com invenções construídas com objetos domésticos. E até fizeram pipoca com energia solar.
Dos cerca de 20 aparatos científicos que explicavam conceitos de física e matemática, o conjunto de aparatos sobre a utilização da Energia Solar e Eólica foram os destaques estimulando boas discussões entre os banhistas sobre a matriz energética brasileira.
Fundado em 1985, o Museu de Astronomia realizou, nos verões de 1987, 1988 e 1989, o projeto Museu Vai à Praia como uma marca de seus primeiros anos de existência. Após mais de 20 anos, em 2012 a atividade foi retomada nas praias do Recreio, Leme e Copacabana e no Piscinão de Ramos, no Rio de Janeiro. O sucesso motivou a realização da quinta edição, neste ano, que estendeu suas atividades à cidade de Niterói, região metropolitana do Rio.
“Há décadas, esse projeto ajudou a alavancar a imagem do Mast. Nos anos 1980, o museu estava se construindo e era um dos poucos museus de ciência e tecnologia”, conta o coordenador da área de Educação em Ciências, Douglas Falcão, responsável pelo projeto.
“A realidade mudou muito, mas o sucesso é o mesmo. Hoje existem algumas instituições com o perfil do Mast, mas é incrível perceber como as pessoas se surpreendem com esse tipo de atividade: ao encontrar em um local inusitado um projeto desses, elas desenvolvem uma relação afetiva e cognitiva imediata.”